Jardins da Ópera de Arame recebem 4 esculturas de Marcos Scorzelli
Teve início no dia 2 de setembro, nos jardins da Ópera de Arame, a exposição Ópera das Cores, do artista carioca Marcos Scorzelli, que apresenta trabalhos com conceitos geométricos e esculturas tridimensionais resultantes de vincos e cortes de chapas de aço. As obras foram desenvolvidas com base em um projeto da Montenegro Produções, que fala dos sentidos humanos e que também leva um espetáculo musical ao lugar.
Para a exposição, o artista desenvolveu obras com as temáticas: a folha, o coração, a nuvem e o cata vento, pensando sempre nos sentidos do tato, audição e visão.m”Foi um grande desafio transformar a sinestesia da Ópera das Cores em
esculturas”, comenta o artista. “O que eu fiz foi uma pesquisa das formas primárias geomátricas desses elementos e mesclei com um outro projeto meu de estudo botânico”, diz.
O resultado são obras minimalistas e ao mesmo tempo surpreendentes, que além do apelo visual, podem ser tocadas e ainda possuem dispositivos sonoros. “O cata-vento, por exemplo, vai fazer som de chuva e ventania com um instrumento
ligado a cultura indígena”, completa o artista.
Ainda, o projeto completo da Ópera das Cores vai além da exposição artística. Um grande espetáculo com orquestra e com a apresentação do ator Alexandre Nero será apresentado nos dias 21 e 22 de setembro e promete ser a primeira
experiência imersiva do Brasil. Com idealização da Montenegro Produções, o projeto é baseado em experiências
de um laboratório realizado com mais de 100 crianças atípicas e neuro típicas que resultou em vídeos e em inspiração sonora para uma orquestra que apresentará clássicos da música brasileira.
A Ópera das Cores
A Ópera é uma formação de diversas frentes. Primeiro, num laboratório artístico feito com as crianças, imagens foram captadas para inspirarem a criação de Alexandre Orion, artista conhecido por intervenções urbanas e responsável por
transformar os registros em arte e posteriormente em mapping para projeções que misturam arte e tecnologia.
Foi também através das captações do laboratório com as crianças, que Gilson Fukushima, diretor musical do projeto, formou uma orquestra com mais de 20 músicos, regida pelo maestro Alexandre Brasolim e que vai executar releituras de
compositores como Baden Powell, Vinícius de Moraes, Pixinguinha, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Chiquinha Gonzaga e Belchior.
Vale lembrar ainda que toda a venda dos ingressos ser destinada às instituições Associação Amigos do Hospital de Clínicas e para o Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, uma série de concertos musicais e oficinas têm sido realizados também
nessas instituições de saúde, levando arte e entretenimento para quem mais precisa.