Festival Internacional Dança em Trânsito chega a Curitiba

Com curadoria e direção artística de Giselle Tápias e Flávia Tápias, o Festival Internacional Dança em Trânsito chega a Curitiba com programação que aposta no intercâmbio entre artistas e companhias nacionais e internacionais da dança contemporânea.

Crédito – Fernanda Valois.

A programação desta 21° edição se inicia neste fim de semana com o solo Estudo n°1 de Renato Vieira (Rio de Janeiro/RJ) às 18h e com o espetáculo Café não é só uma xícara do Grupo Tapas (Rio de Janeiro/França) às 20h no Teatro Fernanda Montenegro.

No domingo, as ações começam às 10h30 no Largo da Ordem com Você deveria Ficar de Cristian Moyano (Montevidéu/Uruguai) seguida de Corpos de Fronteira de T.F Cia de Dança (São Paulo/SP) e a apresentação da coreografia criada com bailarinos curitibanos que foi resultado da residência realizada por Cristian Moyano na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento durante a semana e que será apresentada aqui e em Florianópolis. Entre Rios de Mavi (Curitiba/PR) e TRIZ de Bruno Cezário (Rio de Janeiro/RJ) acontecem na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento às 12h e 12h30..

Com apresentação de trabalhos em destaque no cenário atual, a cada nova edição, o festival procura estender o acesso ao público prezando pela democratização da cultura e a divulgação da dança contemporânea em consonância com a cultura popular brasileira.

Crédito – Fernanda Valois.

“A ideia é fortalecer as trocas de experiências, e ampliar o conhecimento de novas formas de criação utilizadas por outros coreógrafos, brasileiros e estrangeiros. É um festival plural e itinerante, com motivação sempre crescente diante do compromisso de tornar cada vez mais visíveis, e para mais pessoas, as múltiplas expressões de dança.”, afirmam as curadoras Giselle Tápias e Flávia Tápias. Confira a programação completa da 21º Festival Internacional Dança em Trânsito em https://www.dancaemtransito.com.br/

SERVIÇO:

SÁBADO (15/07)

Estudo n°1, de Renato Vieira (Rio de Janeiro/ RJ) Teatro Fernanda Montenegro – 18h

O mote criativo e estético deste trabalho é a continuidade da linha de pesquisa sobre as interferências sobre o diálogo das poéticas cênicas da dança. A busca incessante do conhecimento e da compreensão do mundo. O homem à procura do significado da vida e da além morte. Esse estudo número um propõe uma narrativa dançada sobre o dilema do homem contemporâneo entre o físico e o imaginário e onde a gente coloca essa imaginação no presente, passado e futuro.

Classificação: 16 anos.

inteira: R$30,00
meia: R$15,00

Café não é só uma xícara, de Grupo Tapas (Rio de Janeiro e França) – Teatro Fernanda Montenegro – 20h

Um espetáculo de dança contemporânea inspirado na obra fotográfica de Sebastião Salgado. Café não é só uma xícara. Café é plantio, colheita, moagem, cheiro bom pela casa quentinha da memória. Um exercício lírico perpassado pela fé profana ou religiosa, por crenças, tradições e espiritualidade – sem, no entanto, subtrair do ser humano o poder de transformar e recriar sua realidade.

Classificação: Livre.

inteira: R$40,00
meia: R$20,00

DOMINGO (16/07)

Você deveria ficar, de Christian Moyano (Montevidéu/Uruguai) no Largo da Ordem às 10h30

Você Deveria Ficar é uma obra de dança contemporânea que lembra onde estamos, que vive a precisão, o abraço e o adeus. É uma peça que propõe eliminar os limites entre a arte e a vida. Colocando, assim, os lugares presentes como tesouros. Despedir-se nunca foi simples. Pensar que partir faz parte de nós e que de alguma forma, devemos sempre ficar. Nós somos o contraste no movimento certo. Você está onde deveria. Onde você está?

Classificação: Livre.

Corpos, de Fronteira de T. F. Cia de Dança (São Paulo/SP) no Largo da Ordem às 10h30

A obra busca refletir sobre a pluralidade de corpos que colocam em questão as fronteiras. Negros, mulheres, homossexuais e periféricos unem-se por acreditar que juntos as individualidades se potencializam, além de proporcionar microfissuras possíveis para entendimento do mundo hoje. Um anseio pelo encontro, pela possibilidade de reconhecer o próprio corpo como borda e pela experiência (s)cinestésica em ritual de partilha.

Classificação: Livre.

Coreografia criada para profissionais de Curitiba com Cristian Moyano (Montevidéu/Uruguai) no Largo da Ordem às 10h30

Entre Rios, de MAVI (Curitiba/PR) na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento às 12h

“Entre rios” se destaca pela cumplicidade experimental entres os artistas, que se misturam em um esquema de coreografia fantasma onde a gestão do movimento se apresenta de forma aberta, instaurando novas possibilidades de futuro a cada instante. O espaço entre os rios simboliza esse concreto de pele de asfalto que rasga o que pelo rio escorre e avança independente dos obstáculos encontrados no caminho.

Classificação: Livre.

TRIZ, de Bruno Cezario (Rio de Janeiro/RJ) na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento às 12h30

Em três peças distintas – FU, Caras Velas e Suppose, TRIZ busca uma reflexão sobre as formas de colonização, onde a territorialidade aparece no espaço geográfico, na linguagem da cultura global, na pressão econômica e na forma individual de existência de cada indivíduo.